quarta-feira, 26 de março de 2008

Teoria da Botanologia


Atenção: esta é uma teoria que serve de base para diversas outras, só não explico as outras agora porque não iria ser nem um pouco linear (e quem é linear em um blog cujos posts não passam por uma revisão, saem em uma espécie de brainstorm interrompido?).

[Algum imbecil resolveu que seria super legal ficar pintando o móvel do meu pc com minha mais nova caneta de escrever em CD com ponta de poliéster]

Indo ao que interessa (a mim).

A Teoria da Botanologia realiza, de maneira não-empírica, um estudo sobre a associação de certas funções vitais ao ser humano com um controle remoto. Os mais novos estudiosos da área, conhecidos como Ala Digital da Coisa Toda, utilizam o modelo ao lado de controle para realizarem suas pesquisas.

Apresentarei a seguir alguns estudos recentes.


Botão Vermelho da Auto-Destruição:
O primeiro, mais tentador e mais perigoso dos botões, ao pressionar o famoso Botão Vermelho, as reações são as mais adversas, desde as vontades incontroladas de beber gin de dez reais, às de dançar músicas com Rickelme na batera, passando por jogar todo seu dinheiro no jogo do bicho até, enfim, acabar com uma grande explosão na base subterrânea (ou brindar a um dançarino de break).

Botão Verde da Justiça Social:
Aqueles que flertam com o Botão Verde têm apenas um objetivo em mente: nascer rico. Apertando esse maravilhoso botão, qualquer pessoa pode nascer rico, fazer administração na FAFUBA e ser muito feliz com isso, afinal, você é rico, bonito, pega todas e tem carro.


Botão Amarelo do Pode Ficar com Seu Pudim Que Eu Não Tô Nem Aí:
[Pouca gente tem noção de como letra amarela no fundo branco ofende. Não sabem o sacrifício que eu faço por vocês, leitores imaginários]
Botão que você aperta para se livrar de pessoas, situações indesejadas, conversas de filas de supermercado, parada de ônibus, evangelizadores ambulantes, pedintes, gordas com sacolas de compras... Pressionar o Botão Amarelo é o equivalente a dizer "essa conversa é leviana e eu não quero participar dela" seguido de uma bem dada egípcia.

Botão Azul da Auto-Destruição:
Mas o da auto-destruição não já é o Botão Vermelho? É, também... mas o azul é uma auto-destruição diferente. Ao apertar o Botão Azul, aparecerá na tela a frase "o que [lexema zero de sua preferência] você deseja destruir?". As duas únicas respostas aceitas são "Eu" e "O Mundo". Pode até soar meio emo mas se até Jorge Ben é emo... o conceito fundamental é que, independente da sua escolha, o Botão Azul permite que você passe o dia sozinho na cama/sofá, fazendo nada (ou mesmo vendo a reprise de Coração de Estudante), sem que isso altere em nada a forma de como o mundo irá se importar com isso.

Roberto Carlos foi um ferrenho defensor e usuário do Botão Azul, que, na sua época, era conhecido por Que Tudo Mais Vá Pro Inferno.
Paulo, corretor de imóveis, Gustavo, aluno de engenharia, Jorjão da Inferno Coral, eu e você conhecemos esse botão como aquele mais sonoro, de boca cheia, Vá Para a Puta Que Pariu ou sua variante, Tô Cagando e Andando.

[Pensamento que interrompe: Lirismo é que nem bom ar, pode-se sugerir coisas bem agradáveis com ambos sem usar um pingo de honestidade]

Prova? Trabalho? Seres humanos?

Aperte o Botão Azul e deixe isso tudo para amanhã. Depois das onze, por favor.