sábado, 26 de julho de 2008

Aleluia e a Teoria do Ponto Central



[Se Lázaro ressucitou, por que não posso também?]


Well, I'm Back in Black!

I've been too long, I'm glad to be back.

[Continue? 9 credits left. Yes. 8 credits left. Good Luck]

"Quem ler essa maldição nunca mais vai conseguir colocar um ponto final de maneira adequada", escreveu Freidrich Johannsen em alemão em uma notinha de um real e, a partir do dia que a recebi como parte do troco do ônibus, todos meus textos permaneceram inacabados.

Eu achava que era por causa do final do semestre, mas as "férias" chegaram e desde então não consigo concluir mais nada. Tenho mais tempo agora, já posso dormir em casa novamente, já posso dormir novamente, mas os textos não saem. Independente de tipo, tamanho ou humor.

A partir daí veio a Teoria ou Postulado do Ponto Central, quem não se lembra da diferença entre teoria e postulado, sugiro procurar na wikipédia, eu não vou fazer isso nem explicar as philigranas de cada tipo de coisinha científica, até porque eu não lembro direito, só sei que todo mundo aprende isso quando vê Física Moderna no terceiro ano.

Essa teoria, que ainda é um postulado, trata sobre a capacidade que as pessoas têm de deixar as coisas pela metade, inacabadas, e tudo isso devido a

[Nada melhor que explicar com exemplos]

Quem nunca deixou para amanhã ou para segunda-feira?
Quem nunca deixou para a puta que pariu depois do terceiro amanhã ou segunda-feira?
Quem nunca se deu conta que todo dia parece amanhã ou segunda-feira?

Eu estava no terceiro grupo.

Começava as coisas, planejava, botava no papel (ou no "papel") e, de repente desistia. Fosse qual fosse o motivo (ou a falta dele). Muitas vezes tem a ver com uma das teorias mais famosas desse blog: a Teoria Auto-Enganatória da Auto-Promessa.

Sabe uma daquelas mudanças para se colocar em uma listinha de ano-novo? Encaro essa uma das mudanças que estão presentes nessa lista e aproveito-me do fato que meu relógio biológico é desregulado para criar um calendário biológico desregulado e fazer do dia de hoje meu réveillon [que, por sua vez, é considerada por mim uma das 3 palavras com grafia mais escrota e duvidosa].

Às vezes você muda sem motivo nobre. Muda por querer acabar com os amanhãs e segundas. Muda de maneira tão egoísta que faz com que essa mudança só seja percebida por você mesmo.

Não consigo terminar as coisas que eu planejo para mim. E a partir de hoje, anuncio a mim mesmo que vou tentar terminar tudo que for bom para mim ou significativo para os próximos. Com a prioridade em "bom para mim".

Vou viajar e viajar mais, vou jogar fora o que for ruim, reciclar velhas idéias e acender as novas. Não tirar o lixo do coração, não vou mudar meus conceitos, pelo contrário, baixarei a minha tolerância e tentarei ser menos imutável, menos aquele lance de ter aquela mesma velha opinião formada sobre tudo.

Quanto aos textos, não há o que ser feito. Sempre o ponto final vai parar no centro, nunca no fim. Não consigo acabá-los e alguns nem sequer são iniciados. Quem sabe um dia eu distribua os inacabados para os amigos terminarem e deixe os que são somente títulos e idéias no fim de um post com conclusão, libertando-os da prisão de uma cabeça-e-teclado despreparada para as próprias idéias.

Penso em comprar um tapete de boas-vindas para comemorar a volta do blog, mas são só Philigranas.

[Feeling Good toca sem parar e o chocolate quente parece cada vez mais doce]