domingo, 30 de março de 2008

Filosofia de porta de igreja




[Haja pretensão... chamar isso de filosofia?]



Uma breve história sobre como o homem (e a mulher) veio parar aqui:
Deus estava de saco cheio no seu Parque dos Dinossauros e resolveu que era melhor assistir Faustão. Criou os homens (e as mulheres), os sacudiu na Terra e então se seguiu um breve diálogo.

Deus: - Pronto.
Adão: - Pronto o quê? Não tem nada para se fazer aqui.
Deus estalou os dedos e uma luzinha azul foi até Adão: - Agora você pode fazer o que quiser, na hora que quiser e se quiser, e o nome disso é Livre Arbítrio. Mas na União Soviética o que quiser faz VOCÊ!!
Adão: - Sério? O que eu quiser mesmo?
Deus: - Um hum... - e desapareceu em Fade Out.
Eva: - Adão, eu ouvi ele dizendo "a-ha! Só quero ver a merda que isso vai dar".
Adão: - Relaxe, tá de TPM é?
Eva: - Não. Acredite e pense bem, que ser incapaz de se reproduzir sexuadamente daria o mundo todo para a gente fazer o que quiser sem esperar nada em troca? É óbvio que essa coisa de Livre Arbítrio tem alguma sacanagem envolvida. Aposto que se a gente fizer algo que Ele não goste, vamos diretinho para o Inferno. Então vamos tratar de...
Adão: - PUTA QUE PARIU, MULHER! CALA A PORRA DESSA BOCA E VAI BUSCAR LOGO A MERDA DA MAÇÃ QUE EU TE PEDI HÁ QUASE MEIA HORA!
Eva: - Tá bom.
(...)

O que aconteceu de lá pra cá todo mundo sabe: sumérios, Egito, Império Romano, Idade Média, da Vinci, Revolução Industrial, Copa do Mundo, Saddam Hussein enforcado no youtube, blablabla...

[Parece que organizar os favoritos ou a área de trabalho é uma tarefa que nunca vou conseguir realizar por pura preguiça]

A grande questão envolvida é que Deus nos disse que podíamos fazer qualquer coisa, cabe a nós julgarmos o que é certo e o que é errado, mas Ele, Pedro Bial no divino Big Brother, pode nos mandar para o paredão do Inferno caso pequemos.

Pecado? É. Apareceram novas regras no jogo, não cometa pecados, não queira ir para o Inferno. A única decisão do homem é fazer o que bem entender ou ir conversar com Satanás. Do Livre Arbítrio nos restou o Arbítrio.

[Teoria de interrupção: sem música você escreve menos e fica olhando mais o resto da internet]

E das coisas que nos sobram para arbitramos poucas escolhas são possíveis. O ser humano não tem tantas opções quanto acredita ter. "Não quero fazer nada hoje, e amanhã, quando eu acordar, vai ser um ontem novamente", "quero teleportar para não ter que pegar sol/ônibus na rua", "quero que essa pessoa seja torturada com uma furadeira" são apenas algumas das impossibilidades que todos nós possuímos. Não temos o poder nem para fazer apenas as coisas arbitradas por Deus, e aposto que o primeiro que conseguir voar ou soprar no barro criando a vida vai ser preso por realizar magia negra e pecar contra o Criador.

No final das contas, nosso Livre Arbítrio não é Livre, é ridículo e limitado.

Então lembre-se: nunca faça nada que pareça impossível sem antes falar com a Produção, não peque, não fale francês em público ou cometa outros atos pecaminosos.

A parte boa de ir para o Inferno é saber que seus melhores amigos estarão por lá e você não ficará sozinho. Ir para o céu e passar o dia tocando harpa com virgens? Deus me Livre do Arbítrio!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Teoria da Botanologia


Atenção: esta é uma teoria que serve de base para diversas outras, só não explico as outras agora porque não iria ser nem um pouco linear (e quem é linear em um blog cujos posts não passam por uma revisão, saem em uma espécie de brainstorm interrompido?).

[Algum imbecil resolveu que seria super legal ficar pintando o móvel do meu pc com minha mais nova caneta de escrever em CD com ponta de poliéster]

Indo ao que interessa (a mim).

A Teoria da Botanologia realiza, de maneira não-empírica, um estudo sobre a associação de certas funções vitais ao ser humano com um controle remoto. Os mais novos estudiosos da área, conhecidos como Ala Digital da Coisa Toda, utilizam o modelo ao lado de controle para realizarem suas pesquisas.

Apresentarei a seguir alguns estudos recentes.


Botão Vermelho da Auto-Destruição:
O primeiro, mais tentador e mais perigoso dos botões, ao pressionar o famoso Botão Vermelho, as reações são as mais adversas, desde as vontades incontroladas de beber gin de dez reais, às de dançar músicas com Rickelme na batera, passando por jogar todo seu dinheiro no jogo do bicho até, enfim, acabar com uma grande explosão na base subterrânea (ou brindar a um dançarino de break).

Botão Verde da Justiça Social:
Aqueles que flertam com o Botão Verde têm apenas um objetivo em mente: nascer rico. Apertando esse maravilhoso botão, qualquer pessoa pode nascer rico, fazer administração na FAFUBA e ser muito feliz com isso, afinal, você é rico, bonito, pega todas e tem carro.


Botão Amarelo do Pode Ficar com Seu Pudim Que Eu Não Tô Nem Aí:
[Pouca gente tem noção de como letra amarela no fundo branco ofende. Não sabem o sacrifício que eu faço por vocês, leitores imaginários]
Botão que você aperta para se livrar de pessoas, situações indesejadas, conversas de filas de supermercado, parada de ônibus, evangelizadores ambulantes, pedintes, gordas com sacolas de compras... Pressionar o Botão Amarelo é o equivalente a dizer "essa conversa é leviana e eu não quero participar dela" seguido de uma bem dada egípcia.

Botão Azul da Auto-Destruição:
Mas o da auto-destruição não já é o Botão Vermelho? É, também... mas o azul é uma auto-destruição diferente. Ao apertar o Botão Azul, aparecerá na tela a frase "o que [lexema zero de sua preferência] você deseja destruir?". As duas únicas respostas aceitas são "Eu" e "O Mundo". Pode até soar meio emo mas se até Jorge Ben é emo... o conceito fundamental é que, independente da sua escolha, o Botão Azul permite que você passe o dia sozinho na cama/sofá, fazendo nada (ou mesmo vendo a reprise de Coração de Estudante), sem que isso altere em nada a forma de como o mundo irá se importar com isso.

Roberto Carlos foi um ferrenho defensor e usuário do Botão Azul, que, na sua época, era conhecido por Que Tudo Mais Vá Pro Inferno.
Paulo, corretor de imóveis, Gustavo, aluno de engenharia, Jorjão da Inferno Coral, eu e você conhecemos esse botão como aquele mais sonoro, de boca cheia, Vá Para a Puta Que Pariu ou sua variante, Tô Cagando e Andando.

[Pensamento que interrompe: Lirismo é que nem bom ar, pode-se sugerir coisas bem agradáveis com ambos sem usar um pingo de honestidade]

Prova? Trabalho? Seres humanos?

Aperte o Botão Azul e deixe isso tudo para amanhã. Depois das onze, por favor.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Digestão de carne.

Mal.
Estou no processo de criação de um livro.
Ele irá se chamar "Eu curto/sou: Rafael Formiga" e tratará sobre algumas características (e uma porção de peculiaridades) que eu tenho, assim as pessoas se acostumarão com a minha presença.

(Nota: só agora eu notei que meu teclado é tão ruim quanto dizem, tá fodinha digitar isso)

*Pensamento empilhado 1: o bombom vermelho da Spettus nem é tão legal assim.

Voltando... uma dessas características é não-assumir publicamente que eu não sei sobre determinado assunto, numa conversa sobre algo que eu não conheça ou não domine bem, possivelmente agirei de alguma dessas maneiras:

Com 25% de chance - Fico calado na minha, esperando o falante discursar o suficiente para começar a me incomodar ou eu poder me amostrar. A partir desse ponto eu posso continuar calado (10%), tentar mudar a conversa para algo próximo do assunto original que eu domine (57,8%) ou deduzir algo a partir do falado e alimentar a conversa com pequenas perguntas pontuais(32,2%).

(Enquanto isso, Bill Halley and His Comets reinventam o Rock'n'Roll no media player)

Com 70% de chance - Converso espontameamente sobre o assunto e até argumento contra, somente jogando com o que já foi dito e um pouco de raciocínio lógico. Às vezes eu também irei jogar uma verde sobre o assunto, que vai exigir que eu raciocine um pouco mais e parta de premissas falsas até que se chegue no ponto que eu queira. Evito usar essa estratégia quando ela pode formar mal as opiniões de terceiros (a não ser que seja usada como forma de argumentação para algo benéfico).

*Pensamento empilhado 2: antigamente os ovos de páscoa eram mais baratos e maiores.

Com 5% de chance - Converso com alguém que possa conversar comigo.

Exemplo de pensamento inventado na hora:

Tema - Ferrelha
[1]O que é e [2]para que serve- Um instrumento de ferro, utilizado na idade média para cortar asas de aves, particularmente papagaios.
[3]Público-alvo e [4]curiosidades- Era muito usado por mulheres casadas cujos maridos iam para as guerras e talvez nunca mais retornassem. Os homens conversavam muito com os papagaios para que, quando partissem, suas esposas ainda pudessem ouvir sua voz e se lembrarem do afeto que sentiam por elas.

Seguindo esses passos você pode argumentar (e convencer seres humanos) sobre qualquer coisa que você seja capaz de inventar e talvez ser um pouco mais Rafael Formiga nas horas vagas.

sábado, 15 de março de 2008

Parto...

Meu mais novo espaço para a prática irregular do egoísmo.